O que é fluxo circular de renda?
Fluxo Circular de Renda (ou de Riqueza) é um modelo célebre da área de economia para explicar as relações básicas do modelo econômico em que vivemos.
O conceito é sintetizado em um diagrama, que posiciona os atores envolvidos no ciclo, bem como os sentidos do fluxo monetário e real (a seguir você vai entender melhor).
No entanto, não ache que a economia atual é composta apenas por esses atores e por esses fluxos, pois o conceito é uma simplificação. No mundo real, o sistema pode ser bem mais complexo e com outras diversas intervenções.
É importante saber que o primeiro a teorizar sobre a circulação da riqueza foi François Quesnay, na França do século XVIII, quando o sistema econômico ainda era primário. Entretanto, mesmo hoje com a evolução do conceito ao longo dos anos, as bases continuam as mesmas; ou seja, temos um modelo econômico baseado naquela época.

Como funciona o diagrama:
Por meio de uma divisão da interação dos agentes em óticas diferentes é possível realizar uma medição agregada da economia. O que acontece mediante o fluxo real e o fluxo monetário.
Fluxo Real: representa a procura que as empresas realizam no mercado de fatores de produção. Além disso, correspondem também à procura que as famílias fazem no mercado de bens e serviços.
Fluxo Monetário: este segue o caminho inverso do fluxo real. Dessa forma, representa as despesas que as famílias fazem quando obtêm produtos e serviços das empresas. Enquanto isso, as empresas gastam com a contratação de fatores de produção das famílias.
Portanto, conclui-se que as famílias e as empresas também representam os rendimentos dos agentes da economia. O que se dá pelos os gastos dos dois estarem representados ao mesmo tempo no fluxo monetário.

Importância do fluxo circular de renda:
O primeiro fluxo circular de renda foi desenvolvido em 1730, pelo irlandês-francês Richard Cantillon, e ilustrava as relações básicas de circulação de mercadorias e distribuição da produção agrícola. Com o tempo, economistas como François Quesnay, Karl Marx e John Keynes aprimoraram o modelo, e hoje temos um diagrama moderno que inclui até cinco setores econômicos:
- Setor doméstico: famílias e indivíduos
- Setor produtivo: empresas da indústria, comércio e serviços
- Setor financeiro: bancos e intermediários não bancários que atuam com crédito
- Setor governamental: atividades econômicas dos governos local, estadual e federal
- Setor externo (resto do setor mundial): agentes do modelo de economia aberta (globalizada).
Com essa atualização, o fluxo circular de renda é utilizado para entender a dinâmica de mercado de um país e verificar o impacto das chamadas injeções (investimentos públicos e exportações) e vazamentos (impostos, poupança e importações). Quando os vazamentos são iguais às injeções, significa que a economia está em estado de equilíbrio.